Estou sendo domesticado
De novo
Estou tão cansado
Que dessa vez vou ceder
Vou deixar
Me dar de boneco
A maioria morre sem amor
Se perguntar se sou feliz
Eu nego
Mas é o horror de não ser
Merecedor
Posso ouvir minhas risadas
Das vidas passadas
Por mim
Não mais ataques astrais
Eu apanhei
Já não apanho mais
E tenho tanto com me preocupar:
O governo, as milícias, os policiais
O cigarro, a cachaça, a comida
O crime, o cão e a caça, a graça
A descerebração em massa.
MAS O BEM VEM!
Everton Luiz Cidade