Sonhei que cheirava tuas tamancas
E oferecia minha verve ao teu orixá
Assim entendi que o paraíso seria atrasado por mais um ano
E que em moedas justas eu deitaria nesse tempo e em mais moedas as converteria
No mesmo tempo
Para que a casa tivesse a iluminação correta
O dia do gato só pertence a ele
O meu dia a ti pertence entre as ameixas que sua árvore deixou
Os pássaros meus amigos usam de boa feitiçaria
Pra me levarem às praias que antes eu nem almejaria
O dia do gado não lhe pertence
O seu dia não me pertence
Só
A vidência
Me pertence.
Everton Luiz Cidade - Compositor, escritor e poeta, Socio-proprietário na Pulperia Roupas, livros música e arte - São João 1140 -São Leopoldo