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CARTAS CURTAS
Poema
Publicado em 16/08/2018

Esbanja rompantes

De estar-da-lha-ço

No verão

Úmido

Morrer de mormaço

Morrer de bizarro amor

Morrer de ser moço

Mais ainda em fulgor

Asco de com a língua

Lavar o casco

Embrulhado em flor

E favo

Eu masco o ruído

Enquanto cântico de ser salvo

Entre os santinhos mansos

E os corruptos frades calvos

De gorros puídos

Arabescos, arranjos eslavos

O encanto da voragem em tempos de estiagem

Nossos misticismos são frutos de pilhagens

E despojos

Mas não suporta nosso corpo mais tão cansativa viagem.

 

 

Everton Luiz Cidade - Compositor, escritor e poeta, Socio-proprietário na Pulperia Roupas, livros música e arte - São João  1140 -São Leopoldo

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