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ACEITANDO SER UM RODAPÉ DE QUALQUER HISTÓRIA
Poema
Publicado em 06/03/2018

 

MINHA INFÂNCIA FOI AMÁVEL/MINHA JUVENTUDE

TORPE/

EU ERA UM TIRANO/EU ERA UM PASTOR/E ESSE ANO/

QUEM ESTANCA O SANGUE?/

QUEM CALIBRA EM CAUSA E EFEITO A DOR?/QUEM

HÁ DE CONTER O DILÚVIO/

E SANTIFICAR O INDIVÍDUO?/QUEM ME DEIXA DE

LADO/SAIBA/EU FICO TRISTE/

QUEM ME DEIXA DE LADO /SAIBA/EU ACEITO/EU

ENTENDO/MAS FICO TRISTE/

QUEM ME DEIXA DE LADO/SAIBA/O RANCOR NÃO É

MÚTUO/EU ME AFOGO/

EU NÃO FLUTUO/E SE SOU GRAÇA/TÃO LOGO SOU

DEFEITO/EU SOU REFÉM/

DO QUE SOU FEITO/NÃO HÁ ARTE SAUDÁVEL /ONDE

EU CAIBA/TU SABES/

QUE EU EXISTO/EU SEI QUE TU EXISTES/POR QUE ME

ATACA O FLANCO/

POR QUE FINGES/QUE NÃO OUVES/MEU ÓDIO

CHORADINHO/DE LUTAR SOZINHO/

A CADA NOITE QUE VIRO/ESTOU MAIS GIRA/ESTOU

MAIS SEM MIRA/ESTOU MAIS MULAMBA/ESTOU MAIS

MANCO/QUEM ME DEIXA DE LADO/SAIBA/EU NÃO SOU

RUIM/ SÓ ESTOU ME SENTINDO AMEAÇADO PELO

FIM.

 

 

 

 

            Ilustração: Claralieu

 

 

 

 

 

 

 

 

Everton Luiz Cidade - Compositor, escritor e poeta, Socio-proprietário na Pulperia Roupas, livros música e arte - São João  1140 -São Leopoldo

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