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PAI CORVO ou PROXIMO PRESIDENTE SEM DENTES.
Poema
Publicado em 24/09/2017

 

 

LEXATO

Everton Luiz Cidade - Compositor, escritor e poeta, Socio-proprietário na Pulperia Roupas, livros, música e arte - São João  1140 -São Leopoldo 

Antes do meu primeiro orgasmo

Eu tinha o demônio em mim.

Antes do meu primeiro lucro

Eu tinha o demônio em mim.

Antes do meu primeiro preconceito

Eu tinha o demônio em mim.

Antes da minha primeira violência

Eu tinha o demônio em mim.

Antes da minha primeira vidência

Eu tinha o demônio em mim.

Eu era um homem sagrado

Sendo ruim como deve ser

Um bom homem sagrado.

Uma fera do medo

Numa jaula de plumas.

Com coriza química

Com hálito de outro hálito

Fazendo mimica numa farmácia pública

Com minha arma mística

Minha barriga de avental

Rei e pai corvo disfuncional.

EU desmando o fogo.

EU desmando o amor pelo amor do mesmo amor.

EU desmando o amor espiritual.

EU sou o jogo.

EU sou a morte do MOMO, o fim do carnaval.

Eu sou a luz que em respeito e caridade não

Se traduz.

 

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