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Banda goiana Pó de Ser é novidade na programação
Crônicas
Publicado em 22/01/2016

 

Pó de Ser

A Dança da Canção Incerta

 

Banda goiana lança seu primeiro disco incendiando mil e uma brasilidades e possibilidades

 

Pode ser pop ou rock, vanguarda paulistana ou brega 70’s. Tropicalismo ou Clube da Esquina. Samba ou bolero. Tango ou seresta. Os “malditos” da MPB ou os “queridos” dos Beatles. Tom Zé ou Talking Heads. Concretismo ou parnasianismo. Psicodelismo ou tradicionalismo. Raul Seixas ou Luiz Tatit. Na realidade, o som da Pó de Ser é isso aí mesmo: um montão de coisas e mais um pouco. E é isso, tudo e mais um montão de coisas (do que há de interessante e criativo na música brasileira e planetária de todos os tempos), que se pode ouvir neste A Dança da Canção Incerta (faça o download do disco emwww.bandapodeser.com), fumegante “tacho” musical que é o álbum de estreia da banda. Uma poção sonora cuja alquimia vai além da música e derrama-se em fartas doses de cinema, literatura, poesia, cultura popular e tantas outras linguagens artísticas presentes na louca infusão sonora. O álbum foi gravado no estúdio Rocklab Produções Fonográficas, do produtor Gustavo Vazquez, que já produziu vários discos importantes da nova música do centro-oeste, a exemplo do primeiro (e muito elogiado) álbum da Macaco Bong. A arte da capa leva assinatura da artista plástica Natália Mastrela.

 

Nem óbvio, nem óvni. “Pó de Ser é vintage futurista, vanguarda ‘dodecafona’, pop experimental, cultbrega, regional intergaláctico”, arrisca definição Kleuber Garcêz, que, ao lado de Diego de Moraes, forma a dupla de letristas da banda, que também conta comDanilo Rosolem (percussão),  Hermes Soares (teclados) e Fernando Cipó (guitarra). Definições a parte, a Pó de Ser é, sobretudo, uma banda de canções, que, na verdade, não está preocupada em atingir nenhum nicho específico. “Entendemos que a função da canção é existir. Então, não tem faixa etária, classe econômica ou grau de instrução que venha a impedir que a banda seja curtida e entendida”, explica Kleuber.

 

Dessas múltiplas possibilidades musicais (e também literárias) presentes no som da banda (literatura beatnick, filosofia, poesia marginal) surgem canções inteiramente distintas entre si, a exemplo da sexy “Fantasia ao Pé do Ouvido” e da filosófica “Vou Não Vou”. São músicas que, antes determinar gêneros específicos, apenas embaralharam qualquer prévia possibilidade de rotulagem. Por conta disso, a Pó de Ser, conceitua Diego, poderia ser classificada como uma banda de música brasileira que se utiliza de estilos como o rock, o brega, a psicodelia – assim como da diversidade de ritmos brasileiros disponíveis – com o único intuito de, através das canções, contar histórias. 

 

Tal ênfase nas composições – e igualmente nas histórias – é o resultado de uma parceria entre dois amigos (Kleuber Garcêz e Diego de Moraes) que um dia se encontraram competindo num festival e, quase na mesma hora, começaram a fazer música sem parar. A ideia da banda surgiu, conta Diego, da uma necessidade de fazer algo diferente do que os dois vinham fazendo dentro de seus estilos – Diego no rock e o Kleuber na famigerada “MPB”. Ou seja, ele diz, foi uma fuga, uma brincadeira que virou banda, que virou um single, que virou um EP (premiado e gravado por outros artistas) e que, por último, virou esse disco que agora você confere.

 

Uma das grandes inspirações da banda, aponta Diego, é o exímio guitarrista Fernando Catatau, da Cidadão Instigado. Catatau participa de A Dança da Canção Incerta tocando guitarra nas faixas que abrem e fecham o disco: “Pode Apostar” e na homônima “Pó de Ser”.  “Cuidado”, por sua vez, expõe um mitológico panorama de referências que vão de Itamar Assumpção a Adoniram Barbosa, de Orestes Barbosa a Silvio Caldas e, até mesmo, no caminhante e cantante Geraldo Vandré. Outra personalidade importantíssima, na construção estética da Pó de Ser, é o ilustre conterrâneo Odair José –herói unânime entre os integrantes da banda –, cuja influência do cancioneiro e do legado histórico dá liga à amálgama sonora da Pó de Ser.

 

A cidade de Goiânia, com seus muitos paradoxos culturais (ruralidade versus modernidade, especialmente), aliás, permeia todos os “sulcos” de A Dança da Canção Incerta. De forma mais evidente, Kleuber Diego traçaram na letra de “Bicho Urbano”(saiba mais sobre as demais canções do álbum no faixa-a-faixa em anexo) um cenário no qual tentaram reproduzir uma síntese do “caos” que é Goiânia – tão culturalmente rica, por um lado; mas, por outro, tão provinciana. Como diz o verso: “Tão cosmopolita, meu curral”... “O meu olhar e do Kleuber é de quem vê da margem, meio marginal, da periferia”, delimita Diego.

 

A presença de Goiânia, além da inspiração para algumas canções, manifesta-se integralmente nas participações de músicos locais que atuam no disco, que conta as luxuosas presenças de artistas de diferentes cenários da música independente goianiense. Entre os quais, Leo Pereira (da banda Terrorista da Palavra); Cristiane Perné (blueseira que canta em “Bicho Urbano” e faz vários backing vocals ao longo do disco); Bebel Roriz (cantora que sensualiza em “Fantasia ao Pé do Ouvido”); e, ainda, Fred Valle, considerado um dos grandes bateristas de Goiás.

 

Ainda citando “Bicho Urbano”, das quebradas de Goiânia somos todos brindados com um disco que pode ser, ou melhor, que já nasce um pequeno clássico da nova música brasileira. Que tem tudo para ser eterno, e não apenas enquanto dure.

 

Cristiano Bastos

 


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Para ouvir A Dança da Canção Incerta:

www.bandapodeser.com

www.soundcloud.com/podeser

 

Link direto para download do disco:

 

http://www.mediafire.com/download/yaats4cpyf2umm9/P%C3%B3+De+Ser+-+A+Dan%C3%A7a+Da+Can%C3%A7%C3%A3o+Incerta+%282015%29.rar

 

 

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