Salivar, diante da imagem, até não mais aguentar. E lambê-la. Toda. Dos impolutos pezinhos aos
angélicos cabelos – incluindo a mimosa coroa. Lambê-la, até não mais poder. E mordê-la. Comê-la.
Toda. Dos imaculados pés aos dourados cachinhos – incluindo o gracioso ornato da cabeça. Morder,
com especial deleite, seus cândidos joelhinhos e as alvinhas e apetecíveis nádegas.
É pecado, padre? É? Devorar, assim, uma santinha (tão bonitinha!) de alfenim?
Cláudio B. Carlos é poeta da nulidade, filósofo do nada e editor. Nasceu em 22 de janeiro de 1971, em São Sepé, RS. Tem diversos livros publicados. Vive em Cachoeira do Sul, RS.