Deu entrevero de gente. Todos queriam ver o resultado de mais de trinta dias de trabalho. Foi um tal de cavouca daqui, cavouca dali… Homens, mulheres e crianças, de olhos arregalados, formavam um imenso círculo. No centro, um dos engenheiros desatarraxava a cabecinha da geringonça. Eu era guri e fiquei impressionado: como podia caber tanta água dentro daquilo que os doutores chamavam de torneira…
Cláudio B. Carlos é poeta da nulidade, filósofo do nada e editor. Nasceu em 22 de janeiro de 1971, em São Sepé, RS. Tem diversos livros publicados. Vive em Cachoeira do Sul, RS.